terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tarancón? De volta.

Acabo de chegar do encerramento do Salão Internacional do Livro da Paraíba. Para minha surpresa, o evento foi finalizado com o Grupo Tarancón, com um show belíssimo! Emocionante!
O Tarancón invadiu (com permissão total) a passagem da minha infância para a adolescência, compondo uma ilustração poético musical que tem minha existência por pertencimento. Consegui colecionar todos os LP's do grupo, li tudo sobre sua formação e trajetória sem nunca ter tido a oportunidade de assistir a uma apresentação daqueles que tentaram estabelecer um elo cultural e fraterno entre os povos da América Latina. Essa iniciativa se arrasta desde a década de 1970, com alterações na formação dos integrantes, sem, contudo, alterar o conteúdo. Nesta noite, pude confirmar que a música dos Andes não envelhece no tempo... talvez, sim, nas pessoas.
Lembrei-me de quando me mudei para Macapá e, logo, vivemos numa pequena casa no bairro Santa Rita, onde, nos finais de semana, eu e minha amiga irmã Walda Mariza bebíamos cerveja ao som de compositores e cantores latinos, até nos sentirmos com asas, sobrevoando uma imaginária Cordilheira dos Andes como um enorme parênteses que se abre para o continente sul-americano, e que não se fecha... um parênteses para uma cultura grandiosamente rica e bela, que o Tarancón sintetiza e compartilha com maestria.
Queria compartilhar com vocês minhas emoções: chorei de alegria e prazer pela ternura que tomou conta de mim...

Sobre pensar...

Li, no blog do Mário Bortolotto - atire no dramaturgo - sobre os disparos de seu "pensar". Foi aí que me deu um estalo a respeito do que eu já chamei de ausência de sonho, em mim. No texto do Mário, ele afirma pensar tanto que nem se permite mais sonhar.
Pronto! Pode ser que eu também não me permito sonhar, porque penso muito também. E aqui, vou aprendendo a registrar o que penso para compartilhar melhor.