Acabo de chegar do encerramento do Salão Internacional do Livro da Paraíba. Para minha surpresa, o evento foi finalizado com o Grupo Tarancón, com um show belíssimo! Emocionante!
O Tarancón invadiu (com permissão total) a passagem da minha infância para a adolescência, compondo uma ilustração poético musical que tem minha existência por pertencimento. Consegui colecionar todos os LP's do grupo, li tudo sobre sua formação e trajetória sem nunca ter tido a oportunidade de assistir a uma apresentação daqueles que tentaram estabelecer um elo cultural e fraterno entre os povos da América Latina. Essa iniciativa se arrasta desde a década de 1970, com alterações na formação dos integrantes, sem, contudo, alterar o conteúdo. Nesta noite, pude confirmar que a música dos Andes não envelhece no tempo... talvez, sim, nas pessoas.
Lembrei-me de quando me mudei para Macapá e, logo, vivemos numa pequena casa no bairro Santa Rita, onde, nos finais de semana, eu e minha amiga irmã Walda Mariza bebíamos cerveja ao som de compositores e cantores latinos, até nos sentirmos com asas, sobrevoando uma imaginária Cordilheira dos Andes como um enorme parênteses que se abre para o continente sul-americano, e que não se fecha... um parênteses para uma cultura grandiosamente rica e bela, que o Tarancón sintetiza e compartilha com maestria.
Queria compartilhar com vocês minhas emoções: chorei de alegria e prazer pela ternura que tomou conta de mim...